As hemorragias espontâneas que ocorrem na dentro do parênquima cerebral tem efeito devastador, levando a morte em mais de 50% dos comprometidos, sendo que, dos sobreviventes, muitos convivem com sequelas neurológicas severas. São mais frequentes em pessoas acima dos 60 anos, tendo como origem fragilidades arteriais, agravadas pelo uso de anticoagulantes, hipertensão arterial, fumo, álcool, cafeína, cocaína e diabete entre outros.
Após a lesão, pode também surgir um sangramento entre a aracnoide-máter e a camada interna (pia-máter). Um sangramento nesta região é chamado hemorragia subaracnoidea. Contudo, visto que o sangue subaracnoide geralmente não se acumula em um local, não é considerado um hematoma.
São responsáveis por 10 a 15% dos primeiros acidentes vasculares cerebrais, sendo que estes são a 3ª causa de morte atualmente. Com volumes de hemorragia variados, comprometem as vias de condução motora, visual, sensitiva, bem como os centros da linguagem e consciência. Os sintomas de instalação são cefaléia abrupta, importante, seguida de perdas funcionais. Exigem atendimento emergencial voltado para o imediato controle da pressão intracraniana, identificação da localização e extensão que frequentemente obriga tratamento cirúrgico de urgência com o objetivo de evacuar o hematoma e descomprimir o cérebro.
Uma das complicações importantes dos sangramentos intracerebrais é a obstrução da circulação liquórica e consequente hidrocefalia, que pode também demandar drenagem cirúrgica. Disto decorrem complicações clínicas alvo de tratamento neurointensivo especializado. O atendimento hospitalar também inclui os tratamentos voltados para a reabilitação e que seguirão por tempo variado até a estabilização dos sintomas. Por certo se constitui em processo de recuperação de longo prazo em que a participação familiar é decisiva.
A despeito da melhor conduta, a presença de sequelas em graus variados é frequente.
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